Assessor Geral de Comunicação, Diretor do Sistema Uesb de Rádio e Televisão Educativas e Diretor da Unidade Organizacional de Informática é excluído da gestão até a conclusão dos trabalhos da comissão que investiga uma suposta prática de assédio moral
Após uma denúncia de assédio moral feita pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) na TV e Rádio (Surte) da Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb), o diretor do setor, Rubens Sampaio, que chefiava vários setores, incluindo o de Comunicação, na Universidade Estadual do Sodoeste da Bahia foi afastado até que os trabalhos da comissão indicada sejam concluídos. Na sexta-feira, 2 de junho, outra denúncia foi registrada na Ouvidoria do Estado, por funcionário da UESB há 23 anos.
A instalação de uma sindicância para apurar a existência de prática de assédio moral na TV e Rádio (Surte) da Uesb foi publicada no Diário Oficial do Estado na sexta-feira, 17 de abril, e já no sábado, 18, o DOE trouxe o afastamento do diretor do setor.
A denúncia de assédio moral foi feita pelo Sinjorba no dia 1º de março, após depoimentos colhidos pela entidade com quatro servidores – três mulheres e um homem -, que apontaram perseguições e outras práticas autoritárias no sistema de Rádio e TV da Universidade. As denúncias atingem também a Assessoria de Comunicação.
“Com atraso de 17 dias, a Uesb resolveu tomar alguma iniciativa para averiguar as denúncias no Surte, o que já é alguma coisa, uma vez que, no primeiro momento, a Reitoria optou por tentar desqualificar a denúncia e os denunciantes”, afirma o presidente do Sinjorba, Moacy Neves.
Para ele, a repercussão do assunto na mídia e a atuação de outras organizações, que cobraram da universidade um posicionamento, foram fundamentais para que a sindicância e o afastamento ocorressem.
“A visibilidade alcançada pelo pedido do Sinjorba à Reitoria forçou a instituição a adotar providências para investigar o caso, uma vez que denúncias anteriores feitas à Uesb não obtiveram a devida atenção da administração”, completou o sindicalista.
Independentemente da sindicância anunciada pela Uesb, o Sinjorba ingressou com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) pedindo investigação do caso. O pedido foi assinado pelo advogado da entidade, Victor Gurgel, e está tramitando na Procuradoria do Trabalho de Vitória da Conquista. Na última quinta-feira (16), a Reitoria foi notificada do procedimento.
Moacy Neves diz que as averiguações deveriam se estender à Assessoria de Comunicação da Uesb, que é dirigida pela mesma pessoa e há registros de queixas semelhantes. Essa situação, informa ele, faz parte do pedido feito ao MPT-BA.
O sindicalista alerta também que a universidade, que possui um curso de Jornalismo, deve se deter sobre este conflito de origem, de um mesmo dirigente ocupar os dois cargos, já que os órgãos – Surte e Ascom – têm funções completamente diferentes e objetivos distintos.
Ainda segundo o Sinjorba, esse mesmo gestor está à frente de outro setor da instituição, a Unidade de Informática (Uinfor).