Serviço inovador permite prática de inglês com IA, por meio do WhatsApp
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Guilherme Seabra – Fundador da Emily AI & Co – Crédito: André Fontes
Apenas 1% da população brasileira é fluente em inglês, segundo pesquisa do British Council. A língua, no entanto, é uma das mais procuradas nas escolas de idiomas
espalhadas pelo Brasil.
Entre as maiores dificuldades encontradas por estudantes de inglês no país estão: compreender a gramática, desenvolver a pronúncia e encontrar falantes nativos que possam ajudar em seu aprendizado.
Recentemente, chegou ao Brasil a Emily AI, um serviço que permite que os usuários pratiquem o idioma por meio do WhatsApp, com o apoio de uma “amiga” que mora no Canadá, conhecida como Emily, que foi desenvolvida com recursos avançados de IA (Inteligência Artificial).
“Nosso serviço soluciona a dificuldade que muitas pessoas têm em praticar a conversação. Permitimos uma interação inovadora, tanto por texto quanto por voz, o que torna o aprendizado mais flexível e integrado à vida do usuário”, explica Guilherme Seabra, fundador da Emily AI & Co, empresa que desenvolveu a solução.
O produto se diferencia pela integração eficaz do GPT-4 com o WhatsApp, plataforma amplamente utilizada pelo público. A combinação de um sistema robusto de IA com o aplicativo de mensagens permite uma experiência de aprendizado de idiomas autêntica e personalizada aos usuários.
“A Emily possui uma personalidade exclusiva e conhecimento especializado, que enriquecem as interações. É importante ressaltar que estamos derrubando as barreiras para a utilização de IA, tornando-a mais acessível e tangível para o público em geral. Nosso serviço oferece uma aplicação prática da IA, que beneficia diretamente os usuários em suas rotinas, democratizando o uso da tecnologia avançada”, explica Guilherme Seabra, profissional que também atuou nas áreas de Gestão de Produtos do Itaú e da Easynvest/Nubank.
O modelo de negócio da Emily AI & Co é fundamentado em uma estrutura de assinatura, que oferece acesso total ao produto. A solução ofertada pela companhia surge como um complemento às escolas, professores e aplicativos de idiomas.
Em breve, outras línguas devem ser contempladas pelos serviços da empresa. “No estágio atual, estamos focados em expandir as capacidades e características da Emily, ouvindo atentamente o feedback dos usuários para melhorias contínuas. Paralelamente, estamos desenvolvendo a Anna, uma nova amiga, que ajudará os usuários a explorar a língua alemã, marcando nossa expansão para o ensino de múltiplos idiomas”, conclui Guilherme Seabra.
Modelo de negócios
Atualmente, a Emily AI & Co segue o modelo de bootstrapping. Neste momento, a companhia está focada em aumentar sua base de assinantes e expandir o serviço internacionalmente, aproveitando a flexibilidade dos “amigos” fluentes em um idioma, que podem ser utilizados em uma gama extensa de países.
“Somos uma empresa enxuta e já nascemos com uma equipe de profissionais seniores em suas respectivas áreas, o que aumenta nossa eficiência operacional. Embora o breakeven seja um objetivo financeiro importante, nosso foco total e absoluto está em tornar cada um dos amigos uma ferramenta relevante, com crescimento considerável de usuários, confiando que tais resultados conduzirão à sustentabilidade financeira a médio prazo”, afirma Felipe Macedo, cientista da computação, com passagens por Itaú, Santander e XP Investimentos, que faz a gestão da Emily AI.
“Queremos ser reconhecidos como uma referência na utilização de Inteligência Artificial para solucionar problemas do dia a dia. No futuro, teremos uma vasta gama de amigos especializados em nichos variados, indo muito além do aprendizado de idiomas”, completa Thiago Abreu, cientista da computação, formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que é responsável técnico da Emily e de outros “amigos” que estão sendo desenvolvidos pela companhia.
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