Hospital israelense realiza diálise de pacientes em subterrâneo fortificado, como precaução diante de tensão na região

Hospital israelense realiza diálise de pacientes em subterrâneo fortificado, como precaução diante de tensão na região

O Rambam Health Care Campus, maior hospital do norte de Israel, situado em Haifa, iniciou o uso de seu Hospital de Emergência Subterrâneo Fortificado Sammy Ofer para pacientes que buscam atendimento para realização de diálise. A decisão foi tomada em razão do aumento da tensão na região e do crescimento do risco de a guerra escalar para o norte do país.

 

“O hospital subterrâneo possui 94 estações de diálise prontas para receber pacientes. Realizamos alguns treinamentos para a recepção, encaminhamento e procedimento de dezenas de pacientes simultaneamente e conseguimos assim iniciar os tratamentos de pacientes que necessitam da garantia da continuidade da diálise, procedimento que demora horas e que não pode parar em caso de ameaças da guerra”, explica a Dra. Suheir Assady, diretora do Departamento de Nefrologia e Nefrologia e Hipertensão do Rambam.

 

O hospital subterrâneo, que funciona como bunker, tem espaço para 2 mil pacientes no total, funcionando de forma independente em termos de fornecimento de eletricidade, água e oxigênio. A instalação é construída com três andares subterrâneos, onde em tempos normais funciona o estacionamento. Cada andar tem uma área de 20 mil metros quadrados.

 

“Os dois andares inferiores são destinados à internação. O andar superior é destinado à recepção e triagem dos pacientes. Todo o local é protegido pelo IDF, a força de defesa israelense, e possui estoque de eletricidade, combustível e água para funcionar de forma fechada, totalmente vedada do mundo, durante 48 horas”, explica Michael Halberthal, diretor geral do Rambam.

 

“O cenário principal fala na possibilidade de conter cerca de 1.200 camas no piso menos 3 já preparado para acolhimento – enfermarias cirúrgicas, ortopédicas, infantis, de diálise, de medicina interna, entre outras. De acordo com o cenário de guerra, cerca de 600 pacientes internados serão transferidos do hospital para o solo, e 600 leitos estarão prontos para receber doentes e feridos de todo o norte”, destaca Halberthal.

 

Desde o início do conflito, o Rambam atende vítimas da guerra, de várias idades e múltiplas gravidades, e o tempo todo chegam feridos.

 

Um destaque do hospital é seu exemplo de coexistência e o compromisso da medicina pela vida. Cerca de 30% de todo seu corpo médico, clínico, enfermeiros e outros profissionais de saúde que ali atuam não são judeus.

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