Morre último chefão da máfia Cosa Nostra
Matteo Messina Denaro, chefe da Cosa Nostra que passou quase 30 anos foragido, morreu aos 61 anos de idade em um hospital de L’Aquila, no centro da Itália. Ele era o único mafioso da organização vivo.
O falecimento foi anunciado na madrugada desta segunda-feira,25, noite de domingo no Brasil, e marca o fim de uma era na poderosa máfia siciliana.
Messina Denaro lutava contra um tumor no cólon havia três anos e estava internado desde agosto, cercado por um forte esquema de segurança.
Na última sexta-feira, 22, os médicos declararam que ele havia entrado em coma irreversível.
Assassinatos e atentados com bomba
O mafioso foi sentenciado a prisão perpétua por seu papel em ataques a bomba em Florença, Roma e Milão, que mataram dez pessoas. O mafioso também é apontado pela Promotoria italiana como o autor de dois atentados a bomba na Sicília, em 1992.
Testamento previa caso de coma
Com base no testamento biológico deixado pelo chefão da Cosa Nostra, o hospital suspendeu a alimentação intravenosa, já que ele tinha expressado sua contrariedade à persistência terapêutica quando não houvesse mais possibilidade de reversão do quadro.
Chamado de “padrino” dentro da máfia, ele passou por quatro cirurgias e diversos ciclos de quimioterapia desde 2020, inclusive quando ainda estava foragido.
Em janeiro passado, foi preso em um hospital privado de Palermo, onde fazia tratamento usando uma identidade falsa.
Quimioterapia na prisão
Mateo Messina passou por sessões de quimioterapia na cadeia, em uma cela com enfermaria, enquanto cumpria pena de prisão perpétua em regime de isolamento total por associação mafiosa, homicídios, atentados e posse e transporte de explosivos.
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