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Novas diretrizes para escolas bilíngues começam a valer a partir de 2022

Muito se fala sobre a importância e os benefícios em dominar um segundo idioma. As vantagens em aderir ao bilinguismo são muitas: melhores oportunidades de emprego, conhecimento de novas culturas, possibilidade de viagens e intercâmbios, entre outras. Diante dessa realidade, a oferta e a procura pela educação bilíngue têm crescido nos últimos anos, especialmente para crianças e adolescentes. Os pais têm buscado instituições que tratem a língua estrangeira não como mais uma das disciplinas convencionais, e sim como um meio para o aprendizado.  No entanto, o que caracteriza uma escola bilíngue?

A falta de uma norma nacional gerava dúvidas sobre a definição dessa modalidade de ensino. Para sanar os questionamentos, em 2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE) elaborou as Diretrizes Nacionais para a Educação Plurilíngue no Brasil. De acordo com resolução, para ser considerada bilíngue, a escola deve ter um currículo único e integrado, ministrado nas duas línguas de instrução, e que contemple todas as etapas de escolarização oferecidas pela instituição de ensino. As novas regras também abarcam tópicos como a formação de professores, certificação oficial de nível de inglês para estudantes e docentes, grade curricular e carga horária para cada idioma. Embora o Conselho Estadual da Bahia (CNEE/BA) ainda não tenha se manifestado sobre as novas orientações, a Resolução prevê que as mudanças entrem em vigor a partir de 2022 em todo o território nacional.

De acordo com Marcia Schwartz, diretora da escola, a metodologia canadense da ACBEU Maple Bear Canadian School já segue os padrões exigidos pela Resolução do CNE. “Nos enquadramos nas categorias Currículo Internacional e Ensino Bilíngue descritas na Resolução, pois além de seguir as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adotamos a proposta curricular do Canadá e também utilizamos o inglês como meio de instrução em disciplinas da base comum e da base diversificada, com projetos transdisciplinares, em 50% do tempo escolar. Restam apenas pequenos ajustes quanto às certificações”, conta.

Segundo a diretora, o ensino canadense é considerado um dos melhores do mundo, ocupando posição de destaque no PISA, programa internacional de avaliação de conhecimentos e habilidades dos alunos. “A metodologia canadense que utilizamos propõe uma imersão total em inglês nos primeiros anos da Educação Infantil, passando a utilizar os dois idiomas até o final do Ensino Fundamental anos finais. As crianças tornam-se bilíngues rapidamente, compreendendo, falando, lendo e escrevendo, de forma lúdica e natural. Um dos recursos pedagógicos mais importantes é o grande investimento diário em literatura nos dois idiomas. Nossas escolas disponibilizam para os alunos um vasto acervo literário”, afirma.

Para Marcia, as novas diretrizes são benéficas, pois trazem mais segurança aos pais e alunos. “Com o aumento do interesse em outros idiomas, muitas instituições se denominam bilíngues sem de fato possuírem as características necessárias. As novas regras vão garantir a qualidade do ensino. Os pais terão a certeza de que seus filhos receberão uma educação completa e eficaz em duas línguas”. Sobre o futuro da educação bilíngue, a diretora acredita em boas perspectivas. “Estimo que daqui a 10 anos, nossa sociedade colherá os resultados. Nos comprometemos em entregar ao mundo cidadãos bem formados e aptos para o mercado de trabalho com as demandas do século XXI. A certificação da qualidade de ensino beneficia toda a sociedade, pois ganharemos profissionais bem preparados”, avalia a diretora. A ACBEU Maple Bear Canadian School, que oferece Educação Infantil e Ensino Fundamental até o 9º ano, já está com as matrículas abertas para o ano letivo de 2022 nas suas unidades em Salvador e litoral norte de Camaçari. 

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POR: Rita Moraes
Publicado em 25/10/2021