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Morre um dos ícones do balé mundial, Patrick Dupond

Morreu 61 anos, um dos mais talentosos bailarino e coreógrafo contemporâneo, que já trabalhou com Rudolf Nureyev e Maurice Béjart, antes de se tornar diretor de dança do balé da Opéra National de Paris. Patrick Dupond era o principal dançarino da Ópera Nacional de Paris e faleceu aos 61 anos, sexta-feira, 5 de março, de uma “doença devastadora”, conforme relato de pessoas do seu convívio. Ele deixa viúva a esposa Leila da Rocha.

Muitas homenagens foram postadas nas redes, com declarações espontâneas e comoventes, em especial da nova geração de intérpretes da instituição parisiense. “Obrigado por brilhar tanto”, exclama Hugo Marchand em sua conta no Instagram. “Obrigado por tudo o que você deu para dançar e para nós, jovens dançarinos,” escreve Mathias Heymann. “Uma lenda”, resume Léonore Baulac, destacando a aura desta figura das artes performativas, enquanto Marie-Agnès Gillot testemunha a sua emoção ao declarar “Estou a chorar, meu caro Patrick. Entrei para o corpo de balé da Ópera quando ele acabara de ser nomeado diretor em 1990, diz ela, contatada por telefone. Eu tinha 14 anos e meio. Fiquei muito impressionado em conhecê-lo porque ele era meu ídolo. Ele me apoiou. Ele estava delicioso. Ele me ensinou que tudo é possível, tanto na dança quanto na vida”.

Ilustrado com fotos e vídeos de arquivo da carreira do bailarino, as homenagens são perfeitamentes compreendidas. Dono de uma personalidade forte e magnética, popular em todo o mundo, Patirck Supond era uma bailarino, cujo talento incendeva o espírito do público. “Ele era muito importante para a dança”, comenta Brigitte Lefèvre, diretora de dança da Ópera de Paris de 1995 a 2014. Ele era extraordinário, gostoso, com apetite por tudo. Ele estava jogando com técnica, o que nem todos podem fazer.

Patrick Dupond, nasceu em 14 de março de 1959 em Paris e se formou ao lado do ex-bailarino da Ópera de Paris e do professor Max Bozzoni (1917-2003), que o acompanhou ao longo de sua carreira. Aos 10 anos ingressou na Escola de Dança da Opéra National de Paris, dirigida por Geneviève Guillot e depois Claude Bessy a partir de 1972. “Foi excepcional”, diz este último, muito emocionado. Ele foi o último a agitar as multidões. Ele possuía uma qualidade de salto fantástica. Ele estava feliz em dançar e deixar o público feliz também”.

Rapidamente, Patrick ingressou no corpo de balé da Ópera em 1975. Um ano depois, ganhou a medalha de ouro no Concurso Internacional de Varna (Bulgária): foi o primeiro francês a obter esse prêmio e abriu caminho para seus colegas que o farão correr para lá depois.

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POR: Rita Moraes
Publicado em 09/03/2021