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Justiça nega prisão domiciliar para suspeito de assassinar Kezia Stefany

A justiça definiu no final da tarde desta quarta-feira, 20, que o advogado José Luiz de Britto Meira Júnior será transferido para o Batalhão da Polícia de Choque, que fica localizado no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A decisão foi assinada pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do 2º juízo da 1ª Vara do Tribunal do Juri da comarca de Salvador.

A defesa do advogado capitaneada por Dr. Domingos Arjones  queria prisão domiciliar. Ainda segundo  a defesa do advogado, o tiro disparado ele, contra Kesia Stefany da Silva Ribeiro, teria sido acidental.

Ele estava custodiado na sede da Polinter, que fica no Vale dos Barris, no bairro de Politeama. O advogada aguardava o parecer da justiça acerca de sua prisão, se seria levado ao Batalhão ou cumpriria em regime domiciliar, conforme decisão inicial, por ausência de sala de Estado Maior na capital baiana.


OAB -Bahia pediu sigilo judicial 

Outro fato muito criticado pela opinião publica foi o pedido de sigilo judicial para o caso protocolado pela OAB-Ba. Tal fato gerou muita indignação e o órgão voltou atrás alegando que o pedido partiu de uma advogado do órgão sem o conhecimento da presidência.

Assassinato de Kezia Stefany

Kezia Stefany, 21 ano,  morreu com um tiro disparado na boca e foi deixada no HGE pelo namorado e suspeito de assasssiná-la, o advogado criminalista José Luiz Britto Meira.

Kezia Stefany e José Luiz tinham um relacionamento há dois anos. Horas antes de ser morta, a jovem chegou a postar um vídeo tomando bebida em uma piscina, nas redes sociais. Nas imagens é possível ver que ela está em uma casa de frente para o mar. No vídeo, não é possível identificar se ela está sozinha ou acompanhada. Tudo aconteceu na madrugada do mesmo domingo.

Depoimento do Porteiro 

O porteiro contou que acalmou a vítima e pediu que ela ficasse na portaria. Kezia Stefany teria ficado no local por cerca de 15 minutos e depois voltou ao apartamento do advogado, quando o funcionário ouviu um tiro.

O trabalhador relatou à polícia que após ouvir o tiro, o advogado foi até a portaria e bateu no vidro do local, pedindo ajuda e depois voltou para o apartamento onde estava a namorada baleada.

O advogado teria arrastado o corpo de Kezia Stefany, “segurando-a na altura do busto, e deixou o corpo da mesma ali, enquanto ia buscar o carro para deixar em uma posição mais próxima da portaria”, conforme disse o porteiro, que detalhou ainda que José Luiz saiu do condomínio ligando para a polícia, através do número 190 e registrou o fato em um livro do condomínio.

Por fim, ele confirmou que outros desentendimentos já haviam ocorrido e disse que o advogado chegou a proibir a entrada da namorada no condomínio, mas que o mesmo a levava para o apartamento após a proibição. O homem ainda relatou que apesar das discussões, nunca havia presenciado uma confusão como a que ocorreu no dia do crime.

Vizinha ligou para a polícia

Uma vizinha que não teve a identidade divulgada ligou para o 195 e relatou discussão, barulho de tiro e viu pelo olho mágico um homem arrastando uma mulher deixando rastro de sangue.

Brigas constantes

Segundo relato do irmão de Kezia Stefany, a relação dos dois era conturbada. “Os problemas eram tantos que Kezia pensava em terminar, diz o irmão. “Ela queria o fim da relação, por conta dessa privação de liberdade, mas ele não. Aproveitava que ela não trabalhava, que tinha pouco estudo, e a comprava com presentes. Então, ela ia empurrando a relação”, explica. “Eles se agrediam. Já presenciamos várias situações de os dois estarem arranhados. Os dois trocavam agressões por causa dos ciúmes dele”.

Depoimento do suspeito 

José Luiz Britto Meira afirmou em seu depoimento à polícia, que Kezia Stefany era viciada em drogas, que queria dinheiro para comprar o produto, e como ele não deu, teria iniciado a discussão. Disse ainda que a defendeu em um processo na justiça por uso de drogas. Segundo ele, ela deixou o apartamento e retornou, quando teria pego apegou a arma, e, em luta corporal teria disparado acidentalmente. 

Feminicídio no Brasil cresce

Ocorre um caso de feminicídio a cada 6 horas e meia no Brasil. Os motivos são diversos e em sua maioria os assassinatos se originam de relações conturbadas, machismo e misoginia.

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POR: Rita Moraes
Publicado em 20/10/2021