ConexãoIn


Fome assola o Brasil e famílias estão famintas

Desempregada e mãe de 4 filhos, Renata Alves dos Santos, de 42 anos, relata o drama para sobreviver em meio à escalada de preços dos alimentos. A renda com que mantém a casa e tentar alimentar os filhos é de apenas R$ 400, valor que recebe de benefício social.

“Quando dá, eu consigo comprar salsicha, ovo. Mas carne mesmo, não tem como. Nem me lembro do dia que entrou carne aqui”, lamenta a dona de casa Renata Alves.

Mãe solo, Renata morava com os filhos de aluguel em um barraco, mas sem ter como pagar, deixou o local e improvisou uma moradia em outro lugar. Três dos quatro filhos estão matriculados na escola, mas o caçula ainda não estuda e não tem com quem ficar, o que dificulta ainda mais a possibilidade de Renata arrumar um emprego.

Como a única renda que recebe não é suficiente para o mês inteiro, a dona de casa Renata Alves conta com a solidariedade de vizinhos e, às vezes, até de pessoas desconhecidas. “O dinheiro que recebo não chega nem no final do mês, aí vou tentando com a ajuda que recebo de algumas pessoas”, afirma Renata.

Assim como Renata, 60 milhões de brasileiros enfrentaram algum tipo de privação alimentar,  de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado neste mês. São pessoas que tiveram de reduzir a qualidade e a quantidade de alimentos ou até mesmo ficaram sem comida e passaram fome por um dia ou mais.

A piora alarmante da fome fez o Brasil voltar ao Mapa da Fome das Nações Unidas. O percentual de brasileiros que não têm certeza de quando vão fazer a próxima refeição está acima da média mundial. No governo do PT, o país tinha saído do mapa da fome, graças ao Programa Bolsa Família, lançado em 9 de janeiro de 2004.

 

 

POR: Rita Moraes
Publicado em 14/07/2022