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Petra Belas Artes rebatiza duas das suas seis salas com dois dos mais importantes nomes da cinefilia paulistana

Em homenagem a Leon Cakoff (1948-2011), fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e Rubens Ewald Filho (1945-2019), jornalista e crítico de cinema, as salas 2 e 3 do Petra Belas Artes serão rebatizadas com seus nomes em uma cerimônia simbólica, onde as placas das salas serão trocas, no dia 5 de novembro, às 19h30, com a presença da família e amigos dos homenageados. Após a cerimonia, será exibido um filme premiado da Mostra Internacional de São Paulo, ainda a ser definido, e com distribuição de ingressos para o público do Petra Belas Artes. 

André Sturm, responsável pela iniciativa, conta o motivo destas mais que merecidas homenagens: “O Belas Artes tornou-se o templo da cinefilia em São Paulo. O cinema mais querido de quem ama o bom cinema. Nada mais justo que suas salas homenageiem dois críticos que foram dos mais importantes para despertar e valorizar este amor na cidade. Leon Cakoff criou e manteve a Mostra Internacional de Cinema que, durante muitos anos, foi a única maneira de ter acesso ao que se produzia de melhor no cinema mundial. Nos anos 80 e 90, Rubens Ewald Filho escrevia em jornais e revistas, falava na TV e publicava Guias de Filmes. Tornou cinema um assunto popular e com sua incrível memória estava sempre estimulando as pessoas a conhecerem filmes. Com essas duas figuras fenomenais batizamos duas salas em homenagem ao AMOR PELO CINEMA“.

 

Sobre o Petra Belas Artes

 

Inaugurado em 1956 com o nome de Cine Trianon, o histórico cinema situado na rua da Consolação nº 2423, quase esquina com a avenida Paulista, já passou por diversas transformações estruturais e arquitetônicas ao longo dos anos, até chegar nas seis salas que tem hoje. 

Inicialmente, sob a administração da Cia. Cinematográfica Serrador, o cinema possuía uma única sala, com lotação de 1.400 lugares, dividida entre o piso térreo e um grande balcão.   

Em 1967, ao completar 11 anos, o cinema passou por uma grande reforma, instalou novas poltronas, diminuiu cerca de 200 lugares da sua lotação original e mudou o nome para Belas Artes. 

Em 1970 o Belas Artes foi dividido horizontalmente em duas salas: a Villa-Lobos, no térreo, com 630 lugares, e a Candido Portinari, no piso superior, com 508 lugares, ocupando o espaço que antes era o balcão da enorme sala inaugural. Em 1975 é inaugurada a terceira sala do Belas Artes, localizada no subsolo e batizada de Mario de Andrade. 

Em 1982 o Belas Artes sofreu um grande incêndio de origem criminosa e isso o levou a permanecer fechado durante meses. Em 1983 o cinema é reaberto totalmente renovado e sob a administração da produtora francesa Gaumont, que financiava filmes de diretores como Felinni e Antonioni. A grande reforma dobrou o número de salas de três para as seis atuais: Villa-Lobos e Candido Portinari no primeiro andar; Aleijadinho e Oscar Niemeyer no térreo; e Carmen Miranda e Mario de Andrade no subsolo. 

Em breve, o público do cinema de rua mais amado de São Paulo poderá se dirigir a duas das suas salas chamando-as pelos nomes de dois dos maiores incentivadores da cultura cinematográfica no Brasil. Viva Leon, viva Rubens! E viva o amor ao cinema!   

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POR: Rita Moraes
Publicado em 10/11/2020