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EUA pode ter sua primeira mulher como vice-presidente

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Joe Biden, forte concorrente de Donald Trump anunciou nesta terça-feria, 11, que  a senadora da Califórnia Kamala Harris será a sua vice. Caso Biden vença o atual presidente dos EUA, Donald Trump, nas eleições de 3 novembro, Kamala será a primeira mulher eleita a ocupar o cargo de vice-presidente do país.

“Tenho a grande honra de anunciar que escolhi Kamala Harris- uma lutadora destemida pelos pequenos e uma das melhores servidores públicas do país – como minha parceira de chapa”, escreveu Biden em sua conta no Twitter. O ex-vice de Barack Obama lembrou da época em que ela trabalhava com seu filho morto em 2015, Beau Biden.

“Observei enquanto eles atacavam os grandes bancos, levantavam os trabalhadores e protegiam mulheres e crianças de abusos. Eu era orgulhoso deles, e agora estou orgulhoso de tê-la como minha parceira nesta campanha”, acrescentou.

Pesquisa mostra Birden a frente de Trump

O candidato pelo partido republicano segue a frente da pesquisa as eleições,  por 14 pontos, de acordo pesquisa do jornal The New York Times em parceria com o Siena College. O democrata aparece com 50% das intenções de voto contra 36% do republicano Donald Trump.

De acordo com a pesquisa de 24 de junho, Biden teria vantagem entre as mulheres e eleitores negros e latinos. O jornal destaca que o democrata ganhou eleitores entre os republicanos que estão insatisfeitos com a forma com que Trump conduz o país na pandemia da covid-19 e a a postura do presidente norte-americano diante dos protestos antirracistas.

O resultado mostra que os eleitores brancos com menos de 45 anos apoiam o movimento Black Lives Matter. Para 70% dos entrevistados, o assassinato de George Floyd é parte de 1 padrão de violência excessiva contra os negros e não 1 caso isolado.

Um forte golpe para Trump é o fato de que 20% dos brancos acima dos 65 anos, que em sua maioria votam no republicano, desaprovam as atitudes do presidente tanto na condução da pandemia do coronavírus quanto das manifestações.

Trump recebeu 46% dos votos nas eleições de 2016 e só garantiu a vitória por ter mais Colégios Eleitorais que sua concorrente, a democrata Hillary Clinton.

Com 55 anos, a política é considerada a escolha mais segura na campanha de Biden, principalmente por ser um incentivo para os eleitores negros e jovens.De origens jamaicanas e indianas, Kamala foi eleita senadora em 2017, após ter sido procuradora-geral do distrito de San Francisco. Ela chegou a se apresentar como pré-candidata à Casa Branca e liderou algumas pesquisas em âmbito nacional.

Formada em direito, a agora candidata a vice é vista como uma progressista que representaria renovação da classe política.

Quem é Kamala Hariss?

Senadora  eleita em 2016, Kamala Harris, se tornou a segunda mulher negra da história do Senado norte-americano. Harris, ex-promotora e procuradora-geral na Califórnia, é conhecida por seu método de questionamento muitas vezes agressivo no Senado, demonstrado especialmente na audiência de confirmação do juiz Brett Kavanaugh, da Suprema Corte norte-americana, em 2018.

Nasce na Califórnia, em 20 de outubro de 1964, é uma advogada e política norte-americana. Filiada ao  Partido Democrata. Foi procuradora-geral da Califórnia desde 2011, tendo sido a primeira mulher procuradora-geral do estado. É a primeira senadora de origem indiana e afro-americana.

Filha de uma indiana e de um jamaicano, Harris graduou-se com um  bacharelado em artes pela Universidade Howard e em direito pela Universidade da Califórnia em Hastings. Nos anos 1990, trabalhou no escritório do procurador-geral do distrito e da cidade de São Francisco. Em 2004, foi eleita procuradora-geral de São Francisco.

Harris foi eleita procuradora-geral da Califórnia em 2010, reelegendo-se em 2014. Em 2016, elegeu-se senadora pela Califórnia, mantendo no Senado uma postura crítica em relação ao governo Trump e sendo rotineiramente mencionada como uma potencial candidata à nomeação democrata para a eleição presidencial de 2020. Em janeiro de 2019, formalizou sua candidatura à presidência, porém encerrou sua campanha em dezembro do mesmo ano. 

 

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POR: Rita Moraes
Publicado em 11/08/2020